O Guardador de Rebanhos
100 ANOS
foi em 8 de Março de 1914 –
acerquei-me de uma cómoda alta, e, tomando um papel,
comecei a escrever, de pé, como escrevo sempre que
posso. E escrevi trinta e tantos poemas a fio, numa
espécie de êxtase cuja natureza não conseguirei
definir. Foi o dia triunfal da minha vida, e nunca
poderei ter outro assim. Abri com um título – ‘O
Guardador de Rebanhos’. E o que se seguiu foi o
aparecimento de alguém em mim, a quem dei desde logo
o nome de Alberto Caeiro. Desculpe-me o absurdo da
frase: aparecera em mim o meu mestre. Foi essa a
sensação imediata que tive.
Edição centenária, ilustrada, a cores e em capa dura,
d'O Guardador de Rebanhos de Alberto Caeiro
(Fernando Pessoa). Inclui um prefácio e posfácio por
Pedro Sinde.
O Guardador de Rebanhos nasceu, de um jacto, a 8 de
Março de 1914, há precisamente cem anos.
A sua leitura devia ser uma recomendação medicinal;
há versos d’O Guardador de Rebanhos que são um
bálsamo para a alma, transportam para o nosso
interior um certo apaziguamento ou reconciliação,
pois estão impregnados de um aroma de eternidade.
Este efeito medicinal é ainda mais importante hoje
do que no tempo de Fernando Pessoa, porque estamos
muito mais expostos ao excesso de ruído e de
imagens. O leitor não deixará de sentir, estamos
seguros, o revigorante efeito destes versos.
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O Guardador de Rebanhos
Autor: Alberto
Caeiro (Fernando Pessoa) |
Prefácio e
posfácio: Pedro
Sinde |
Ilustração: Mário
Linhares |
Págs:
104, cores (capa dura) |
ISBN:
978-989-615-192-8 |
Edição:
Março/2014 |
Preço:
14,00 Euros |
O
Guardador de Rebanhos |
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