COMENTÁRIOS
A crise de 2008 e as ondas de
choque que levaram a uma profunda pressão sobre
a dívida pública provocaram uma avalanche de
livros sobre economia.
Com raras exceções - como «Portugal na
Bancarrota» (Ed. Centro Atlântico), de Jorge
Nascimento Rodrigues -, poucos conseguem
conjugar de forma natural as lições da História,
os altos e baixos da economia, um texto
impecável, algum sentido de humor e nenhum
moralismo.
Ricardo Costa, Atual, (Director do) Expresso, 15
de Novembro de 2014
«A memória histórica dos povos é
sempre muito limitada»
Quem o afirma é Jorge Nascimento Rodrigues,
autor do livro «Portugal na Bancarrota:
cinco séculos de história da dívida soberana
portuguesa». Em entrevista ao VER, o
jornalista apaixonado por factos históricos
comenta o essencial da investigação que
levou a cabo para escrever sobre os vários
incumprimentos da dívida soberana portuguesa,
cuja estreia remonta a 1560 e que parece
fazer jus ao comentário do autor quando diz que
existem padrões de comportamento que se
repetem, mesmo que os contextos geopolíticos e
os ingredientes económicos sejam
diferentes. Uma viagem ao passado para melhor
compreender o presente. A não perder.
VER,
14 de Junho de 2012
História das bancarrotas portuguesas em livro
«Portugal na Bancarrota - Cinco Séculos de
História da Dívida Soberana Portuguesa» é o mais
recente livro de Jorge Nascimento Rodrigues. Um
levantamento que permite concluir que as
bancarrotas no país resultaram sempre de um
esgotamento dos modelos económicos e de um
desajustamento em relação à evolução
internacional.
Entrevistado pela jornalista Alexandra Nunes, o
autor reconhece que há semelhanças com o período
atual e que foi isso mesmo que o motivou a
escrever o livro
Os problemas da dívida soberana portuguesa são,
hoje em dia, um assunto muito comentado, mas a
história revela-nos que a questão não é de
agora. O primeiro incumprimento da dívida
aconteceu em 1560 e depois desse seguiram-se
outros que colocaram Portugal no topo dos países
com maior número de "defaults" até ao final do
século XIX.
Elementos comuns aos oito episódios mais negros
da economia nacional entre 1544 e 1892, que
poderão, eventualmente, ajudar os atuais
gestores a evitar repetir os mesmos erros.
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=2403704
TSF, 4 de Abril de 2012
Esta obra é um concentrado
de informação histórica. E não apenas de
história das bancarrotas como, à primeira vista,
poderia parecer. Em poucas páginas diz-nos
(quase) tudo sobre a história económica
portuguesa. Os falhanços são muitas vezes mais
esclarecedores do que os sucessos, e estes oito
momentos dizem muito sobre como Portugal chegou
aqui. Como perdeu o comboio da revolução
industrial, como a tendência de viver de rendas
é já coisa antiga ou como a política nunca foi
muito rigorosa no que respeita às contas
públicas.
João Silvestre, jornalista
do Expresso
O autor historia os últimos
cinco séculos da dívida portuguesa. Em períodos
de crise, para encontrar soluções, é
indispensável o conhecimento da História e
também capacidade de intuição, inovando. No
condicionalismo actual, imposto pelo Euro, não
se vislumbra caminho para uma moeda refúgio… A
ameaça do perigo de bancarrota é uma realidade.
Daí, o mérito deste livro dando o alerta.
Adriano Vasco Rodrigues, arqueólogo e etnógrafo
Não há nenhum fado que nos
obrigue a repetir os erros da História. Portugal
tem, hoje, mais hipóteses de escapar aos ciclos
periódicos de subdesenvolvimento tão bem
descritos nesta obra. Louvável seria por isso
que os actuais responsáveis políticos lessem e
retirassem os ensinamentos da história de
incumprimentos de Portugal apresentada nesta
obra.
Ricardo Cabral, professor da Universidade da
Madeira e CEEAplA