Como e porquê surgem as tecnologias de informação? Qual a sua finalidade?
São as TI um instrumento de escolha e de liberdade ou de domínio e de opressão? Para quem são o quê? Porquê as TI e a Globalização coincidem?
Existem alguma ligação entre elas? Qual o contexto que possibilitou a emergência destas duas realidades? Que tendências de fundo estão a ser determinadas pelas TI nos mercados, na política e na sociedade em geral?
Qual o significado do Y2K? Como antecipar o percurso das TI nas empresas e nas organizações em geral? Serão as reestruturações, as reengenharias, os programas de mudança, o "empowerment" parte da solução? Deve a estratégia empresarial alinhar as TI, ou devem as TI alinhar a estratégia?
Fernando Ilharco aborda estas questões expondo o contexto histórico, científico e cultural em que as TI surgiram, defendendo que as TI não têm nada de instrumental e que é errado interpretá-las como ferramentas ao serviço da eficiência e da eficácia organizacional. É esta mesma interpretação que, segundo Ilharco, está a criar um mundo sob o domínio da tecnologia.
Para Ilharco as TI mudam substantivamente o significado do homem-no-mundo e fazem parte do projecto Ocidental do Iluminismo, da Ciência e dos Descobrimentos. Um projecto que constitui a razão humana em tribunal final, que apresenta o conhecimento técnico e analítico como a verdade absoluta, e cujo destino final é responder SIM à questão fundamental "pode o homem ser senhor do seu destino?"